Cotação

A soja mantém preços em faixa lateral na bolsa de Chicago, com contratos para maio em leve alta de 0,47%, cotados a US$ 10,13/bushel. O mercado aguarda definições sobre a área plantada nos EUA para a safra 2025/26 e possíveis tarifas retaliatórias da União Europeia, que podem impactar as cotações. Já o milho subiu 1,52%, impulsionado pela demanda firme — os EUA venderam 1,49 milhão de toneladas na última semana. O trigo, por sua vez, recuou 1,11% devido à queda na demanda, com vendas semanais caindo para 248,8 mil toneladas.

Os grãos abriram a semana em queda na Bolsa de Chicago, com soja, milho e trigo recuando diante da entrada da safra brasileira e tensões comerciais nos EUA. A soja caiu para US$ 1007,75/bu, mas subiu no Brasil (R$ 133,38/sc) devido à quebra da safra no RS. O milho seguiu em baixa, com impacto da guerra tarifária, enquanto no mercado interno os preços variam conforme o avanço da colheita. Já o trigo enfrenta escassez no Brasil, elevando preços no PR e RS e impulsionando importações do Paraguai.

Os preços do trigo seguem em trajetória de alta no Brasil, com médias mensais nominais no Paraná e no Rio Grande do Sul atingindo os maiores patamares desde agosto de 2024, segundo o Cepea/Esalq. Em 24 de março, o trigo pão no Paraná foi cotado a R$ 1.531,00/t (+1,92% em março), enquanto o trigo brando no RS chegou a R$ 1.434,52/t (+7,29%). O movimento é típico do primeiro semestre, quando os estoques internos caem e impulsionam os preços, favorecendo as importações.

Após quatro quedas consecutivas, os preços da soja voltaram a subir na bolsa de Chicago, encerrando o dia com alta de 1,57% para os contratos de maio, cotados a US$ 10,1675 por bushel. A valorização foi puxada por fatores técnicos e pela forte demanda por óleo de soja, que subiu quase 4%. A expectativa de mudanças na política de biocombustíveis dos EUA, com possível aumento da mistura obrigatória de biodiesel, também aqueceu o mercado, sinalizando maior consumo interno de oleaginosas como a soja.

Os preços do milho seguem firmes no Brasil, com média gaúcha a R$ 69,67 por saca, segundo análise do Ceema. As cotações nacionais variam entre R$ 69,00 e R$ 89,00, mesmo com preocupações em relação à falta de chuvas em áreas produtoras como MS e PR. A AgRural projeta safra de 121,8 milhões de toneladas em 2024/25, levemente abaixo da estimativa da Conab (122,8 milhões). A safrinha representa quase 78% da produção nacional, reforçando sua importância para o abastecimento e estabilidade do mercado.

Os preços do trigo no Brasil atingem os maiores níveis de 2025, impulsionados por menor oferta interna, demanda aquecida e valorização do dólar, segundo o Cepea. A alta também reflete incertezas climáticas e a valorização dos contratos na Argentina. Enquanto isso, nos EUA, o cereal enfrenta desvalorização, pressionado por guerra comercial, dólar forte e instabilidade na região do Mar Negro. A tendência é de manutenção dos preços elevados no Brasil, exigindo atenção redobrada de produtores e traders frente às oscilações do mercado.

As commodities agrícolas iniciaram o dia em recuperação na Bolsa de Chicago. A soja subiu para US$ 1.018,75 com apoio de estoques maiores e área de plantio menor nos EUA, enquanto no Brasil os preços seguem pressionados pela oferta elevada. O milho também avança, sustentado por exportações firmes e alta do petróleo. Já o trigo sobe diante da menor produção americana. No Brasil, milho e soja recuam no físico, mas o trigo mantém tendência de alta, impulsionado pela escassez de matéria-prima e necessidade de importações.

As paridades de exportação do algodão para julho e dezembro de 2025 em Mato Grosso subiram na última semana, refletindo a valorização do dólar. Os preços médios chegaram a R$ 127,00 e R$ 134,95 por arroba, com altas de 0,79% e 1,32%. Apesar disso, no comparativo mensal, houve recuos devido à queda dos contratos na Bolsa de Nova York. O cenário permanece volátil, com atenção voltada ao início do plantio nos EUA e às incertezas econômicas globais que influenciam diretamente o mercado da fibra.

O preço do arroz em casca caiu 14,03% em março, fechando o mês a R$ 77,30 por saca de 50 kg, o menor valor nominal desde outubro de 2022, segundo o Cepea/Esalq. A queda é atribuída à colheita acelerada, maior oferta e recuo nas cotações internacionais. Vendedores estão retraídos, apostando na exportação como alternativa para sustentar o mercado. Beneficiadoras enfrentam dificuldades na comercialização e manutenção dos preços ao consumidor. Com margens apertadas e baixa demanda, produtores já indicam possível redução de área plantada na próxima safra.

Com a alta nos preços do trigo importado, moinhos de Santa Catarina intensificam a compra do cereal gaúcho, oferecendo até R$ 1.530,00 por tonelada. No RS, vendedores resistem a aceitar menos de R$ 1.500,00. Em Panambi, a saca já vale R$ 74,00. Em SC, os preços pagos aos triticultores subiram até R$ 3,00 em diversas cidades. No Paraná, estabilidade predomina, com média estadual de R$ 77,88 por saca e lucro do produtor em alta, chegando a 13,39%. Já nos EUA, o mercado futuro oscila, com Chicago e Kansas encerrando o dia com variações leves.

A comercialização do milho segue lenta nos principais estados produtores, com agricultores priorizando a colheita da soja e mantendo firmeza nos preços. No RS e SC, as indústrias enfrentam resistência dos vendedores, e poucas negociações são fechadas. No Paraná, o cenário é semelhante, com preços elevados e baixa liquidez. Em MS, o milho subiu mais de 60% desde julho, mas a diferença entre ofertas e pedidos continua travando os negócios. O mercado permanece em compasso de espera, à medida que a safra avança e os produtores se concentram na soja.

As tarifas de importação impostas pelos EUA e as retaliações comerciais vêm intensificando a queda nos preços da soja na Bolsa de Chicago. A pressão se soma ao avanço da colheita brasileira e aos altos estoques nos EUA. Segundo o Cepea, as novas tarifas afastam compradores internacionais dos EUA, como a China, favorecendo o Brasil. Apesar da queda no mercado interno, os prêmios de exportação mais altos limitaram o recuo nos preços nacionais, sustentados pelo aumento da demanda global pela soja brasileira.

Os preços do milho seguem em queda no início de abril, segundo o Cepea, com consumidores abastecidos adiando novas compras à espera de cotações ainda menores. A colheita da primeira safra e a demanda enfraquecida intensificam a pressão sobre os preços. Enquanto isso, vendedores tentam negociar antes de novas baixas, mas parte dos produtores limita a oferta, atentos ao desenvolvimento da segunda safra. A volta das chuvas em regiões produtoras e a melhora nas condições logísticas também influenciam o cenário do mercado.

Os preços do trigo seguem em alta no mercado interno devido à baixa oferta durante a entressafra. Segundo o Cepea/Esalq, a tonelada no RS atingiu R$ 1.465,68 e no PR, R$ 1.552,07, com aumentos superiores a 1% em abril. A escassez interna elevou as importações, que somaram 651,79 mil toneladas em março, alta de 27,6% em relação a 2024. No trimestre, o volume importado subiu 18%. Já as exportações caíram, com apenas 280 mil toneladas embarcadas em março — o menor volume do ano — e retração de 28% no acumulado.

O preço da soja subiu nesta segunda (7/1), com destaque para o Porto de Paranaguá, onde a saca de 60 kg atingiu R$ 134,85, alta de 1,64%, segundo o Cepea. Apesar da colheita em ritmo acelerado e estoques altos nos EUA, tensões comerciais entre EUA e China impulsionam a demanda pelo grão brasileiro. Os prêmios de exportação cresceram, sustentando os preços internos. Em Chicago, a soja para maio teve leve alta de 0,61%, cotada a US$ 9,83/bushel. Já nas praças do interior do Brasil, a saca varia de R$ 113 a R$ 120.

Os preços da soja, milho e trigo subiram nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, impulsionados por expectativas positivas em torno de possíveis renegociações tarifárias entre os EUA e parceiros comerciais como Japão, União Europeia e Coreia do Sul. Operadores veem com otimismo o espaço aberto pela Casa Branca para evitar tarifas recíprocas. Além disso, a valorização reflete um ajuste técnico após quedas recentes nos preços, motivadas por boas projeções de safra na América do Sul. No caso do trigo, as condições desfavoráveis da safra 2024/25 nos EUA também contribuíram para a alta.

O mercado físico de algodão em pluma segue lento no Brasil, pressionado por tensões comerciais entre EUA e China e pela retração de compradores, que priorizam apenas a reposição de estoques. Segundo o Cepea, a disparidade de preços e qualidade dos lotes limita os negócios durante a entressafra. Enquanto os vendedores mantêm foco nos contratos a termo, o volume exportado caiu: foram 239,06 mil toneladas em março, queda de 13% frente a fevereiro e 5,4% abaixo do mesmo mês em 2024. O cenário reforça a cautela e incerteza no setor, com os preços oscilando em faixa estreita.

O novo relatório do USDA trouxe poucas mudanças para o cenário global de grãos. Para a soja, a produção e exportações dos EUA e do Brasil foram mantidas, mas os estoques finais americanos caíram 1,3%, enquanto os do Brasil subiram 2,5%. No milho, a principal alteração foi o aumento nas exportações dos EUA, de 62,23 para 64,77 milhões de toneladas, e a redução dos estoques finais. Já para o trigo, o USDA elevou os estoques globais para 260,7 milhões de toneladas, mesmo com menor produção em alguns países. O relatório confirma a cautela do mercado, à espera de dados mais impactantes em maio.

Os preços do suíno vivo e da carne recuaram em março, segundo o Cepea/Esalq-USP, com o quilo do animal na região SP-5 cotado a R$ 8,56 — queda de 3,3% frente a fevereiro. A carcaça especial também sofreu baixa de 4,8%, chegando a R$ 12,60/kg. Apesar disso, os valores ainda estão bem acima dos de março de 2024, com altas reais de até 25,5%. O recuo é atribuído à oferta maior que a demanda e à baixa liquidez no atacado, o que pressiona o mercado, mesmo com um cenário anual positivo.

Após semanas de desvalorização, o preço do milho reagiu em algumas regiões produtoras, refletindo o aumento da demanda e a reposição de estoques por compradores, segundo o Cepea/Esalq/USP. O indicador Cepea, com base em Campinas (SP), fechou a R$ 84,98 na última sexta (11/4), ainda com queda acumulada de 3,11% em abril. A limitação da oferta por vendedores também contribuiu para a alta pontual. Já a Conab estima uma safra recorde de 124,74 milhões de toneladas em 2024/25, um crescimento de 8% em relação ao ciclo anterior.

O preço da soja recuou na maioria das regiões brasileiras nesta terça-feira (15/4), refletindo a colheita da safra nacional e tensões no comércio entre EUA e China. Destaques de queda incluem Rio Verde (GO) e Balsas (MA), com desvalorizações acima de 0,8%. Nos portos, a estabilidade predominou, exceto em Paranaguá (PR), que teve leve baixa. Apesar das quedas pontuais, a Scot Consultoria aponta alta acumulada nos últimos períodos. A Anec projeta aumento de 7,5% nas exportações em abril, com 14,47 milhões de toneladas embarcadas.

O preço do algodão em pluma no Brasil segue em alta e atingiu R$ 4,2999/lp em 15/4, maior valor nominal desde março, segundo o Cepea/Esalq. A valorização de 1,97% no mês é impulsionada pela escassez de estoques da safra 2023/24, com produtores firmes nos preços. A maior demanda por qualidade e o aumento da paridade de exportação sustentam as cotações. Enquanto isso, a produção da safra 2024/25 pode bater recorde, com estimativa da Conab de 3,89 milhões de toneladas — alta de 5,1% sobre o ciclo anterior.

A queda nos preços do arroz em casca perdeu força nos últimos dias, sinalizando possível equilíbrio entre oferta e demanda, segundo o Cepea/Esalq. Em 15/4, a saca de 50 kg foi cotada a R$ 76,30, com recuo acumulado de 1,29% no mês. A liquidez segue baixa, com compradores cautelosos e produtores retraídos. A Conab estima a produção de 12,14 milhões de toneladas para a safra 2024/25 — alta de 14,75% frente à anterior — o que deve elevar a disponibilidade interna para 14 milhões de toneladas e aumentar os estoques em fevereiro de 2026.